terça-feira, 29 de março de 2016



TUDO SOBRE UMBANDA !


Recebe o nome de Umbanda um dos vários cultos religiosos sincréticos surgidos no Brasil entre os séculos XVI e XX, fruto do contato dos diferentes povos que contribuíram para a formação cultural e religiosa da população. A palavra umbanda deriva de m'banda, que em língua quimbundo (língua nacional de Angola) significa "sacerdote" ou "curandeiro". O culto irá combinar elementos da filosofia espírita kardecista, dos vários cultos afro-brasileiros, tradições indígenas, do cristianismo católico e modernamente, conhecimento vindo de cultos esotéricos. Por ter nascido e se desenvolvido nas classes mais humildes da população brasileira, a condução e filosofia do culto muitas vezes ainda difere, havendo visões até mesmo conflitantes acerca de vários conceitos da religião entre seus praticantes.
Aparentemente, o culto umbandista, trajes, cantos e demais características assemelham-se bastante ao candomblé e outros cultos afro-brasileiros, mas a diferença fica evidente com uma observação mais detalhada, pois a umbanda adota figuras indígenas (os caboclos), negros urbanizados e inseridos na cultura europeia (pretos-velhos, pombas-gira e zé pelintra) e conceitos de reencarnação encontrados na doutrina espírita. A umbanda adotará ainda em seu panteão Exu, deus da mitologia iorubá (nagô), em meio a figuras do panteão bantu quimbundo, bem como a adoração à Santíssima Trindade católica. Tudo isto é estranho ao candomblé, que, a grosso modo, é a reconstituição de tradições quase que exclusivamente iorubás em terras brasileiras.
Muitas vezes demonizada e vista como culto maléfico, a umbanda deve ser entendida como uma religião, que busca preencher um conceito filosófico-religioso importante ainda nos dias de hoje, a atenção aos excluídos. Tal ideia de "inclusão religiosa" pode ser melhor entendida ao se analisar a origem da religião.
Apesar do desenvolvimento nas classes mais humildes, a umbanda tem um registro histórico de seu nascimento, e até uma hora determinada a ser considerada. A história da umbanda nas suas primeiras décadas se confunde com a de Zélio Fernandino de Moraes, natural de Niterói, capital do então estado do Rio de Janeiro. Zélio, acometido de estranha paralisia que desafiava os médicos, certo dia levantou-se do leito e declarou: "- Amanhã estarei curado." No dia seguinte, realmente, o jovem de 17 anos não aparentava qualquer sinal da doença que o assombrou.
Depois de muita discussão, um amigo da família convence todos a visitarem a Federação Espírita de Niterói e assistir uma sessão. Convidado a participar, Zélio logo é tomado de uma força sobrenatural, e diz: "-Aqui está faltando uma flor!". Em seguida, colhe uma flor do jardim do prédio e deposita-a à mesa.
Atordoados, os outros participantes da sessão começaram a incorporar espíritos que se intitulavam pretos escravos e índios (de acordo com a tradicional linha kardecista, somente espíritos "evoluídos", de doutores, intelectuais, pensadores, etc. deveriam ser incorporados; espíritos como os referidos eram considerados atrasados e deviam ser evitados).
Seguem-se diálogos entre as "entidades", acerca do que é realmente um espírito atrasado ou não. Por fim, o espírito que incorporara em Zélio se revela como o Caboclo da Sete Flechas, o senhor dos caminhos, que, desconcertado com o preconceito racial e cultural dos praticantes kardecistas, anuncia que irá criar uma nova religião onde os negros e índios considerados espíritos atrasados, poderão se manifestar e dividir com a humanidade seus conhecimentos.
Dito e feito, às 20h00 do dia 16 de novembro de 1908, manifestou-se o caboclo em Zélio, anunciando a criação da nova religião. Em nome de tal espírito, Zélio, com a ajuda de um pequeno grupo crente, passou a realizar curas e logo fundou o primeiro espaço dedicado ao culto, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, registrada em cartório em 1908 e ainda funcionando.

Fonte : http://www.infoescola.com/religiao/umbanda/

Calendário Umbanda
Perguntas e Respostas Umbanda
Não são irmãos, nem opostos ou complementares. Muita gente não iria concordar com a minha resposta, mas simplesmente exu é exu e ogum é ogum, ou seja, às vezes se encontram em trabalhos, os Oguns às vezes são chefes dos exus, como os da linha do seo Tranca Ruas e Tiriri, e assim por diante. Eu gosto de uma Umbanda objetiva e simples.
Diabo é uma figura da religião católica, não pertence à Umbanda.
Todos os trabalhos espirituais realizados no Terreiro do Pai Maneco, são realizados com as luzes acessas e portas abertas, como símbolos da transparência e honestidade. A linha de Exus na Umbanda é formada por espíritos bons e caridosos, que escolheram este nível vibratório para seu próprio desenvolvimento. Na verdade, não poderia ser diferente, pois nossa religião é baseada na docilidade dos pretos-velhos, na pureza dos índios e na ingenuidade iluminada das crianças.
Somente Exus ou Pomba-giras, em seus campos de atuação. Não cabe a ao caboclo nem ao preto-velho, ou qualquer outra entidade de Umbanda interferir no campo de ação da quimbanda. O que geralmente fazem é alertar da necessidade de uma entrega ou trabalho na quimbanda, aconselhando que haja uma consulta com entidades de esquerda. Sabemos que os caboclos e pretos-velhos tem profundo conhecimento do assunto, alguns deles ate mesmo trabalham com outro cascão na quimbanda, mas nunca agem na umbanda como exus e pomba-giras.
Pomba-gira são as entidades femininas da quimbanda e as ciganas fazem parte da linha dos ciganos. A diferença é grande. A pomba-gira é o exu feminino e a cigana é uma entidade da Umbanda.
O lugar certo para imagens de exu é no terreiro. Em casa devemos exercer apenas do a nossa vida familiar. Quando quiser fazer pedidos ou homenagens aos espíritos, seja ele qual for, faça no terreiro ou no lugar vibratório de cada orixá e aos exus também em seus locais, encruzilhadas ou na mata.
A quimbanda serve a Umbanda e desmancha energias negativas através da criação de campos de força. Campo de força normalmente é criado pelo exu nos trabalhos da quimbanda, mas sempre com a intenção de destruir uma força ruim. Aqui em nosso terreiro a linha da quimbanda é dirigida pelo Exu Tranca Ruas das Almas, claro que incorporado em mim que, por ser o pai-de-santo, as ordens têm que ser acatadas. No meu livro eu conto fatos desse exu, uma entidade maravilhosa e que só faz o bem. Em outro terreiro o chefe vai ser o exu que trabalhar com o pai-de-santo de lá. Ou seja, entre eles não existe hierarquia no espaço. Respeito existe entre eles, mas isso não é hierarquia.
Cada religião possui um ritual, bater a cabeça faz parte da nossa.É uma saudação respeitosa as entidades.
A umbanda é uma religião nova, num crescente desenvolvimento, e como todas as outras que passaram por este momento, ainda não possui uma unidade em suas atividades. Os dirigentes que se digladiam tentando impor seus entendimentos pessoais, criticando a filosofia de outros terreiros estão na verdade fugindo do que deveria ser nosso principal objetivo: a seriedade e a desmistificação da nossa fé. Enquanto não se chega a um consenso , se os pais e mães de santo se respeitassem nas diferenças, a própria evolução religiosa trataria de encontrar um denominador comum. Falando em respeito, a Umbanda preza pelo livre arbítrio, elemento importante para nossa evolução pessoal, por este motivo quando um dirigente proíbe a visita a outros terreiros isto deve estar ligado muito mais a sua insegurança em responder a perguntas que possam surgir.
Eu só sou umbandista e de católico não tenho nada. Por isso concordo com você. Não cultuo as imagens como sendo da Umbanda. Para mim elas servem apenas como referencia. Gosto de Jorge o Matador de Dragões,e tenho reservas com o São Jorge.Mas isso faz parte da nossa cultura e não está no momento de ser levantada essa questão.